A
consciência negra é comemorada no dia 20 de novembro. Foi nesse dia, no ano de
1695, que morreu Zumbi dos
Palmares, este foi o líder do Quilombo dos Palmares. A fama e o símbolo de
resistência e força contra a escravidão fizeram com que a data da morte de
Zumbi fosse escolhida pelo movimento negro brasileiro para representar o Dia da
Consciência Negra. A data foi estabelecida pela Lei 12.519/2011.
Importância:
É uma data,
portanto, para a reflexão de todos brasileiros sobre a importância da cultura e do povo africano na
formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante
nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de
nosso país. É um dia que devemos refletir nas escolas, nos espaços culturais e
em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A valorização de um líder negro em
nossa história e outros personagens de origem africana deve ser mais bem
avaliada. Por isso se deve incluir o ensino da disciplina “História Geral da
África e do Negro no Brasil”, que por sinal já é incluso no currículo do ensino
fundamental e médio, público e privado, bem como o reconhecimento do direito à
liberdade de consciência e de crença dos afros brasileiros e da dignidade dos cultos
e religiões de matriz africanas praticadas no Brasil.
Lembrando que durante muito tempo a
questão do negro no Brasil só era lembrada na data 13 de maio, dia da
assinatura da Lei Áurea, em 1888, abolindo a escravatura. Nos anos 70, com o
surgimento dos Movimentos Negros, começou uma luta para que o povo brasileiro
lembrasse e conhecesse as lideranças negras e as muitas ações de resistências
dos negros africanos através da história.
Observando os dados técnicos,
divulgados pelos Órgãos Públicos, restando revelado os reflexos da escravidão,
via exploração da população negra. A maioria dos negros no Brasil pertence à
classe média baixa, sofrem com o racismo e com frequência são vítimas de
humilhações de várias formas na sociedade.
As famílias
brancas têm a renumeração com o salário médio de 5,25/h e as famílias de negros
2,43/h, ou seja, os brancos ganham mais que o dobro do salário da família
negra. No ensino fundamental, a escolaridade dos brancos é de 6,7 anos e dos
negros é de 4,5 anos, ou seja, os negros saem da escola antes do tempo para
ajudar a família na renda familiar. No ensino superior, nem as cotas raciais
fizeram crescer de forma significativa o acesso de negros e pardos às
universidades brasileiras.
Para reflexão:
Já parou para
pensar que inclusive os termos populares e jargões podem ser ofensivos?
Expressões como: “A situação está preta”, “Tinha que ser serviço de preto”,
“humor negro”, “ovelha negra”, “lista negra”, “mercado negro” e “o lado negro
da força” podem ofender pessoas as quais as ouvir, desta forma, além das
reflexões sobre a importância e influência negra em nossa sociedade atual, o
linguajar também deve ser observado para harmonia dentre todos.
Fontes:
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Violência Escolar
O que é:
A violência é o ato que se
exercem para impor ou obter algo através da força. Trata-se de ações que podem
causar danos físicos ou psíquicos à outra pessoa. Em outros termos, a violência
também é aquilo que está fora do seu estado natural, fora do controle próprio
de quem a exerce.
Tipos de violência:
·
Violência institucional: é a violência motivada por
desigualdades (de gênero, étnico, econômicas etc.) Predominantes em diferentes
sociedades. Essas desigualdades se formalizam e institucionalizam nas
diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como também nos diferentes
grupos que constituem essas sociedades.
·
Violência moral: é ação destinada a caluniar
ou difamar a honra ou a reputação de um indivíduo.
·
Violência patrimonial: é o ato de violência que implique
dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais,
bens e valores.
·
Violência psicológica: é a ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações,
comportamentos, crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação,
manipulação, ameaça direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer
outra conduta que implique prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou
ao desenvolvimento pessoal.
·
Violência sexual: é a ação que obriga um indivíduo a manter contato sexual, físico ou
verbal, ou a participar de outras relações sexuais com uso da força,
intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro
mecanismo que anule ou limite a vontade pessoal. Considera-se como violência
sexual também o fato de o agressor obrigar a vítima a realizar alguns desses
atos com terceiros.
Postura
dos integrantes da escola:
A violência continua a existir e a registar-se cada vez
mais na população jovem. A escola não pode ignorar que os conflitos e problemas
sociais existem, e por isso tem vindo a adaptar-se como pode. É precisamente na
escola que as crianças imitem comportamentos que diariamente observam. Meios
onde transmitem os maus tratos físicos e psicológicos, onde as privações, a desordem,
a baixa escolarização, a pobreza andam
de mãos dadas.
Pouco se fala da postura dos
docentes na sala de aula, mas é importante citar. Não basta focar nos atos dos
alunos (até por que, uma escola não se compõe apenas deles), mas também as
violências simbólicas, verbais, morais, psicológicas dos funcionários contra os
alunos. Vários alunos apontam as dificuldades que têm para lidar com o descaso
da escola e a violência verbal por parte dos professores e funcionários da
escola. As atitudes distantes e autoritárias dos professores que dificultam o
diálogo com os alunos e impede a verdadeira orientação.
Família:
Neste
ambiente social é que as crianças e jovens adquirem os modelos de
conduta que exteriorizam. A pobreza,
violência doméstica, alcoolismo, toxicodependência, desordem, ausência de
valores, demissão do papel educativo dos pais, etc.; são as principais causas
que deterioram o ambiente familiar.
Normalmente, os indivíduos que vivem nestas condições são sujeitos e alvos de
violência. Existem famílias que participam diretamente na violência que ocorre
nas escolas. Impotentes para lidarem com a violência dos seus descendentes
acusam os professores de não educar os seus filhos, influenciando a
agressividade e, eles mesmos são violentos, podendo agredir os professores e
funcionários;
Os
alunos: Muitas vezes a raiz do problema não se centra na
educação. O jovem apresenta problemas que deveriam ser direcionados para a
saúde mental infantil e adolescente. O
grande problema, é que as escolas tentam resolver os problemas para os quais
não estão preparadas e que não são da sua competência. Todos os alunos são
potencialmente violentos, porém alguns alunos conformam-se e conseguem
permanecer na escola sem fazerem grandes distúrbios.
Os grupos e
turmas: O conjunto de indivíduos tem grande importância nos
processos de socialização e de aprendizagem nos jovens. E influenciam certos
comportamentos que os adolescentes demonstram, sendo o resultado de processos
de imitação de outros membros do grupo. Em certas manifestações de violência,
os jovens procuram obter segurança, respeito no ambiente escolar. Numa
sociedade onde os grupos familiares estão cada vez mais desagregados, este
vazio é preenchido por estes grupos formados a partir de interesses e
motivações diversas.
A
escola: No passado, e ainda hoje se regista, alunos com menos
capacidades intelectuais são estigmatizados, esquecidos no fundo das salas de
aula. Ao fazê-lo, criam focos de revolta por parte daqueles que legitimamente
se sentem marginalizados. A escola de hoje, se auto intitula de inclusiva, mas
não é a realidade dentro das salas de aula.
Não adianta tratar um sintoma sem primeiramente
investigar a sua causa. É muito fácil rotular os autores da violência de
desequilibrados, de maus, de desestruturados e não fazer nada para alterar
estes comportamentos.
Como já citado anteriormente, a educação deverá
registar-se imediatamente à nascença, baseada em valores, normas e modelos de
condutas e essas servirá de base no sentido de formar a personalidade do
indivíduo.
O educador social é um profissional que pode agir na
prevenção e resolução dos problemas de violência. Pode atuar de diferentes
formas, diretamente com a família, com as crianças ou jovens, no meio onde se
registrem focos de violência e mesmo na escola como elemento mediador.
A tarefa do educador é prevenir e intervir em situações
de desvio ou risco em qualquer ambiente mais debilitada da sociedade, de forma
a criar mudanças significativas.
Na realidade as escolas não estão
preparadas para enfrentar a complexidade dos problemas atuais, levando em
consideração os aspectos salarias do ambiente e a relação dos professores com
os alunos e inclusive na área administrativa (diretoria, coordenação,
secretaria), pois após certo tempo de efetivação o profissional tem ciência de
que não poderá ser dispensado. O aumento da participação dos alunos, pais,
entidades públicas e privadas nas decisões tomadas nas escolas, tornou-se uma
fonte de conflitos e não raramente terminam em situações de descontentamento e
de agressividade. As associações de
pais, quando funcionam, encaram os professores como incompetentes que
aproveitam todas as ocasiões para faltar às aulas e recorrerem por motivo de doença,
para não terem que enfrentar os alunos e os problemas que os acompanham.
Fontes:
Um comentário:
Dias melhores!
Vivemos esperando dias melhores, melhores no amor, melhores dor ... melhores em tudo!
Prof. Helen
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